a dupla composta por zim e vítor lusquiños veio para escrever e cantar sobre assuntos que a todos importam. no primeiro lançamento falam sobre a ansiedade.
o primeiro lançamento do projeto manta, "112", é uma canção sobre a ansiedade, um assunto que a dupla formada por zim e vítor lusquiños defende que "é urgente ser urgente". a letra e música são da autoria da banda e gabriel faria assina a produção da faixa.
com uma sonoridade urbana aliada a elementos de rock, a música fala, na primeira pessoa, sobre o que é viver numa situação de ansiedade "e não saber o que fazer ou como reagir em relação a isso", revelam os manta. a banda acrescenta que este é, provavelmente, "o tema mais in your face, mais direto ao assunto e mais ativo no sentido de pretender fazer algo em concreto em relação à narrativa da música. é urgente este assunto ser urgente".
"112" tem como maior destaque, além da mensagem da letra e do som urbano, o riff de guitarra no refrão. "além de ser a nossa cena juntos, é também o alarme e a descarga do sentimento da letra", acrescentam.
o tema apresenta-se com um videoclipe cujo conceito foi desenvolvido por zim com o filmmaker tiago da cunha, que segue a narrativa da letra e apresenta a visão filmada do dia a dia de uma pessoa que vive com ansiedade. gravado entre roterdão e braga, o vídeo conta com a participação da atriz holandesa hansje veen.
a dupla manta conheceu-se através de um anterior projeto musical de vítor lusquiños, para o qual zim, videógrafo e realizador, gravou um videoclipe. a química e o entendimento musical e emocional entre os dois foram bastante rápidos e óbvios, pelo que começaram a trabalhar em música juntos e cedo perceberam que tinham em mãos um novo projeto.
vítor lusquiños e zim acreditam que "manta é algo que te vai aconchegar quando achares que estás sozinho nesses sentimentos que guardas na tua caixa de pandora. a ideia não é fazer com que te sintas melhor nem ajudar na cura, mas antes fazer com que percebas que não estás sozinho e não és o único a sentir tudo aquilo que sentes".
"nada é romântico no que cantamos, mas tudo é romantizado. ninguém é feliz nas histórias que contamos, mas o caminho é ficar feliz. nada está bem, a cura é pesada e dói até parecer que se gosta dessa dor. estar perto do sentimento real é explorar a escuridão de forma a fugir dela."
vítor lusquiños, cantor, compositor e músico, e thomas zimmermann, músico, intérprete, compositor e produtor -, formam os manta. são, em partes iguais, luz e escuridão, alegria e tristeza, positivo e negativo, medo e coragem. autores de todos os seus versos e melodias, apresentam uma sonoridade marcadamente urbana aliada à energia forte e crua do rock, presentes em cada palavra que entoam e em todas as notas que tocam.
atento ao que se faz atualmente na música, zim é particularmente próximo da sonoridade do início dos anos 2000, sobretudo do período em que a fusão entre rap e rock se tornou mainstream. fez parte de uma banda, os nad, que formou com amigos. como compositor e intérprete colaborou com cálculo, puro l, david carreira, nuno ribeiro e jimmy p, entre outros, e enquanto realizador trabalhou com alguns dos maiores artistas nacionais, como fernando daniel, wetbedgang, piruka e jimmy p. esse percurso contribuiu grandemente para reativar a vontade de voltar a criar as suas próprias canções.
versado na viola dedilhada, vítor lusquiños deixa-se inspirar por tudo o que o rodeia e por músicas dos mais diversos géneros, desde que lhe despertem emoções. esteve ligado a vários projetos, nomeadamente a dupla vai e vem, cujos singles alcançaram rotação nas maiores rádios nacionais, nomeadamente a rádio comercial e a rfm, e registam acima de 1,5 milhões de streams, um passado que descreve como "bonito e de aprendizagem".
com muito para dizer e tanto para acrescentar, os manta chegam libertos de quaisquer tabus e de peito aberto. vêm para escrever, cantar e falar sobre assuntos que a todos importam, tantas vezes esquecidos e negligenciados, como a ansiedade, a culpa, a vergonha, a deceção, a compaixão e a inveja. propõem-se a deixar claro que "somos muitos a sentir muito as mesmas emoções e a partilhar vivências. não estamos sozinhos e, por mais difícil e dolorosa que seja a vida, a bonança sempre chega após uma tempestade".
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