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Foto do escritorjoana miguel meneses

leiva: o cantor que abraça com a música

num concerto que juntou tantas gerações diferentes, bastou subir ao palco para conseguir agarrar o público. sem qualquer indecisão, o artista teve a certeza que todos ali presentes lhe diziam um sincero "te quiero" assim que começou "sincericidio".


© be wave

as músicas de leiva, isso já estava claro, funcionam quase como uma "guerra mundial" para todos. para os apaixonados que se olham enquanto ouvem os seus temas, para os pais que os passam aos filhos, ou para os amigos que dançam e se abraçam como se fosse a última vez.


"lobos" e "la lluvia en los zapatos" abriu o caminho para um dos momentos mais altos do seu concerto no festival o son do camiño. "sabes que yo puedo ser terriblemente cruel", gritavam todos os espectadores.


há mais de 20 anos, naquele espaço, leiva viu rolling stones. e agora, quase que como de "superpoderes" se tratasse, ali estava ele, em cima do palco, a cantar para um recinto cheio. tal como na sua canção, "breaking bad", "a vida mudou num segundo".


seguiram-se "flecha" e "histéricos", como estavam todos os festivaleiros. e foi assim que receberam "la llamada", uma das mais esperadas. "hoy he sentido la llamada // con toda la fuerza // las luces apagadas // y las piernas abiertas", ouviu-se com todo o coração.


um concerto para aproveitar "como si fueras a morir mañana // aunque lo veas demasiado lejos".


"escucho música y me pongo a bailar" era o que todos os ali presentes pensavam com a nostalgia que se fez sentir. "como lo tienes tú", "estrella polar", "princesas" e "lady madrid" fizeram o público recordar pereza. e foi esta última que fechou o concerto, com todas as vozes em uníssono, entre abraços e braços no ar.

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